domingo, janeiro 16, 2011

Trigésimo oitavo noturno

A sala

era uma estepe

fria,

inundada

de sangue,

que se apaga

devagar...


Em lugar

de esvanecer,

o amor

é esse farol

que te

guia!

sábado, janeiro 15, 2011

Trigésimo sétimo noturno

Entre o

desejo

e o

aceito,

estes versos

são a cura

do tempo.

sexta-feira, janeiro 14, 2011

Trigésimo sexto noturno

Teu degredo

acabou:

o intento

de tua

cura

enfim

se cumpre!

quinta-feira, janeiro 13, 2011

Trigésimo quinto noturno

Chegaste

à esfera

inexplicável.


Ao lugar

onde repousam

os dias e

as noites

que passam;

onde nascem

os rios;

onde se moldam

as estrelas...


Ao lugar

que tudo

resume.


E para onde

voltamos

do desterro

da vida.

quarta-feira, janeiro 12, 2011

Trigésimo quarto noturno

Decide-se

que outro

ano começa.


Os dias

e as noites

nem se importam:

continuam

seu contrato

intermitente,

desconhecendo

mapas,

relógios e

calendários...


E tu

navegas

nesse segredo

do céu!

terça-feira, janeiro 11, 2011

Trigésimo terceiro noturno

Desfaz-se

devagar

teu coração

feito

para não ser

feliz.


Em vez dele,

um cintilante

(e inexprimível)

verbo incoativo

modela-se

dentro

de ti!

segunda-feira, janeiro 10, 2011

Trigésimo segundo noturno

Sonhei

com uma minúscula

concha espiralada

na palma

de minha mão.


Girando

em seu próprio eixo,

tão ínfima

tão delicada...


Virava

uma galáxia

que me despertou.


Nos milímetros

de uma ou

nos quilômetros

da outra,

opera-se o mesmo enigma

(que guarda

essa tua outra vida).